Inspirou-me e, veio bem a calhar, algumas coisas que li a respeito desse item tão usado ultimamente nos protestos pelo Brasil afora, todo mundo sabe que isso só tem um intuito, o de dificultar uma identificação. Por trás da máscara existe a intenção de cometer atos ilícitos e sair impune e muitas vezes, até como herói! Vai entender... cada um com seu julgamento de valor.
Porém quero falar das máscaras que usamos, no trabalho, em casa, no shopping, no bar, no cinema, com o “outro”... Enfim, na vida. Somos vários, multifacetados, com uma enorme gama de itens de subsistência. Digo isso, porque muitas vezes “criamos” uma vida onde a principal intenção é nos defender dos entraves que nos cercam quotidianamente.
Não é fácil a lida, com toda certeza. Mas quando, de verdade, você tira a máscara? Ouço sempre a frase:” A máscara caiu.” Eu diria: uma parte dessa máscara. Aquela possível de cair diante dos outros, porque na verdade, há máscaras difíceis de serem tiradas mesmo diante do espelho. Na maioria das vezes é doloroso perceber que somos limitados e, portanto, mascaramos pra nós mesmos que fracassamos em alguma coisa ou em várias ou em todas as coisas. Clichê demais isso, mas nossa vida é isso, em altas doses.
O foco muda, um pouquinho só, quando você compartilha sua máscara com outra pessoa, quando o outro percebe seu limite e se cala... observa e sorri diante da dúvida que o/a assola. Mas essa pessoa nunca vai lhe conhecer, porque além da aura de mistério que lhe cerca, por pura vontade sua, nem você mesmo se conhece.
E o que falar dos que se julgam perfeitos então? Perfeição é a pior verdade que alguém pode suportar... porque se ela existe é devido aquela mascarazinha que você nunca tira, pois ela é você, dentro de um mundo difícil de encarar.
Nunca exija perfeição, nem espere verdade plena, nem generosidade total, nem vontade diária... meios sentimentos e mínimas atitudes são apenas pequenas doses do que, podem ser doadas, sem causar nenhum dano a quem está doando.
Nosso medo de não sermos “apreciados” - por mais intensidade que carregamos e, consequentemente, nos tornamos frágeis - não permite a faca no peito, que dói, que sangra, dilacera, e ainda assim, não consegue arrancar por inteiro nossa máscara, guardada naquela caixinha escondida, que é como um relicário pra nós.
Eu sempre duvido dos bens intencionados demais e que dizem nunca usar máscara, sei não... na minha opinião, existe algo de muito errado com essa pessoa.